quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Análise de dados

Após as entrevistas realizadas obtivemos as seguintes respostas:
1.      Em que ritmo está às pesquisas espaciais brasileiras?
Segundo José Bezerra Pessoa Filho, o ritmo das pesquisas espaciais brasileiras está aquém daquilo que se julga necessário para um país com as dimensões e perspectivas do Brasil, mas, aparentemente, dentro da realidade brasileira, na qual há uma quantidade de demandas muito superior àquilo que o Governo consegue responder, quer por limitação de recursos financeiros, quer por limitação de organização e visão de longo prazo. Este ano, em agosto, o Programa Espacial Brasileiro completará meio século, isso mesmo, 50 anos.  Tivemos vários avanços, dentre os quais destaco:
a)      Formação de duas gerações de técnicos especializados;
b)      Instituições reconhecidas no Brasil e no exterior: INPE e IAE;
c)      Obtenção de infraestrutura  laboratorial;
d)      Dois centros de lançamento de foguetes: CLBI e CLA;
e)      Participação da comunidade científica nacional, ainda que limitada;
f)       Cursos de graduação e pós-graduação;
g)      Retorno à sociedade em serviços:  meteorologia, vôos em microgravidade, sensoriamento remoto; e climatologia;
h)     Estratégico em termos da Defesa Nacional (END).
Conforme Petrônio Noronha de Souza, no INPE hoje está nas fases finais de desenvolvimento do satélite CBERS-3, a ser montado na China em 2012 para posterior lançamento naquele mesmo país. Também está sendo desenvolvido um outro satélite de sensoriamento remoto denominado Amazônia-1. Este satélite é baseado em uma plataforma de uso comum, que será utilizado em outros satélites de mesmo porte.
 No DCTA, que pertence ao Comando da Aeronáutica, está sendo desenvolvido do veículo lançador de satélites (VLS), assim com foguetes de sondagem para lançamentos sub-orbitais. Eles também são responsáveis pela manutenção e desenvolvimento do Centro de Lançamentos de Alcântara, que fica no Maranhão.
Segundo o referencial teórico, a AEB liberou muitos recursos nos últimos anos para pesquisas espaciais no Brasil. Além disso, ela está aprovando vários programas e projetos aeroespaciais brasileiros.
                  
2.      No momento, no que estão se concentrando as atividades da Agência Espacial Brasileira (AEB)?
De acordo com José Bezerra Pessoa Filho, a AEB possui alguns programas interessantes que visam à participação da sociedade brasileira.  Um deles é o Programa AEB Escola que objetiva levar às salas de aula das escolas de Ensino Fundamental e Ensino Médio a temática espacial. Há também o Programa Microgravidade, que visa envolver centros de pesquisas e universidades brasileiras no Programa Espacial Brasileiro.  Tal é feito a partir de veículos sub-orbitais (foguetes) desenvolvidos pelo IAE.  O último deles voou em dezembro e levou a bordo um experimento desenvolvido por professores e alunos da Rede Municipal de Ensino de São José dos Campos, onde estão localizados o IAE e o INPE.  Há ainda o Programa Uniespaço que visa à participação e universidades e centros de pesquisas nacionais em atividades de interesse do IAE e INPE.    A AEB ainda coordena um projeto denominado ITASAT.  Trata-se do projeto e desenvolvimento de um satélite universitário desenvolvido por alunos do ITA e outras universidades.
Conforme Petrônio Noronha de Souza a AEB é a organização coordenadora do Programa Espacial Brasileiro, e também é responsável pelos repasses dos recursos para o INPE e IAE. Além disso, há projetos e programas do qual ela cuida diretamente, como é o da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), formada pelo Brasil e Ucrânia para o desenvolvimento de um lançador e uma base de lançamentos no Maranhão. Outros programas coordenados por ela são o Microgravidade, Uniespaço e AEB Escola.
De acordo com nossas pesquisas, a AEB está disponibilizando recursos para pesquisas espaciais, desenvolvimento e construção de foguetes e satélites.

3.      Qual foi o foguete mais potente lançado em Alcântara e qual o seu destino?
Segundo ambos os entrevistados, o foguete mais potente lançado do CLA foi o VLS-1.  Houve um lançamento em 1997 e outro em 1999.  No primeiro lançamento um dos propulsores do primeiro estágio não funcionou e o foguete partiu-se no ar.  No segundo vôo, 1999, os propulsores do primeiro estágio funcionaram devidamente, mas houve explosão do motor do segundo estágio, no momento da sua ignição, ocorrida aos 55 segundos de vôo.  Haveria uma terceira tentativa em 2003, mas houve a ignição intempestiva de um dos propulsores do primeiro estágio e foi tudo pelos ares, incluindo a plataforma. 
As respostas conferem com nosso referencial teórico.

4.      Para o mundo, qual é a importância dos avanços tecnológicos espaciais?
Conforme ambos os entrevistados, com o avanço das tecnologias espaciais, nota-se cada vez mais a sua importância, pois além de comunicação (TV, rádio, Internet, Telefonia, transmissão de dados) os satélites são utilizados nas áreas de Meteorologia, GPS, Sensoriamento Remoto e Espionagem (é possível do espaço fotografar uma bola de futebol). Não é possível imaginar o mundo atual sem os satélites. 
As respostas conferem com nosso referencial teórico.

5.      Há a possibilidade, em curto prazo, de um astronauta brasileiro participar de uma missão espacial?
Ambos entrevistados responderam que não, pois Marcos Pontes é o único astronauta brasileiro, que foi para o espaço em 2006, e não há ninguém em treinamento.
Conforme nosso referencial teórico a Missão Centenário nasceu de um acordo entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) em 18 de outubro de 2005. O principal objetivo deste tratado seria enviar o primeiro brasileiro ao espaço, o tenente coronel aviador Marcos Pontes.

6.      Qual é o principal centro brasileiro de construção e aperfeiçoamento de foguetes e naves espaciais?
            Ambos entrevistados afirmaram que quem faz o desenvolvimento de satélites e suas aplicações, é o INPE. Para foguetes, é o IAE, órgão do DCTA, também localizado em São José dos Campos.
As respostas conferem com nosso referencial teórico.

7.      Como podemos ter certeza de que o homem já pisou em solo lunar?
De acordo com José Bezerra Pessoa Filho, as provas são inúmeras: fotos, filmagens, sensores deixados na Lua que até hoje funcionam, pedaços de rochas lunares, a Física, a Matemática e, finalmente, a História. 
Segundo Petrônio Noronha de Souza o Programa Apollo, desenvolvido pela NASA nos anos 60, envolvem aproximadamente 400.000 homens e mulheres em centenas de organizações espalhadas pelos Estados Unidos. Se o homem não tivesse de fato ido até a Lua, nós teríamos o testemunho de milhares de pessoas denunciado a fraude, e isto nunca aconteceu.

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