terça-feira, 1 de novembro de 2011

Entrega de Certificados de participação na XIV OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica) de 2011 no CEMA.

Notícia no Diário Regional de Santa Cruz do Sul em 
12/11/2011.


Aluno William Lagasse do 1ºB recebeu o certificado e a medalha de prata da OBA 2011.

O aluno João Miguel Rabuske fez a prova do nível IV e recebeu a medalha de participação na OBA 2011.

A aluna Greyci Reis do 1ºB recebeu o certificado de participação na OBA 2011.

O aluno Elói Mayer do 2º A recebeu o certificado de participação na OBA 2011.

Os alunos da 8ªb receberam o certificado de participação na OBA 2011.

Os alunos da 6ªB receberam o certificado de participação na OBA 2011.

Alunos do 3º ano do Ensino Fundamental receberam o certificado de participação na OBA2011.

Alunos do 4º ano do Ensino Fundamental receberam o certificado de participação na OBA 2011.

Alunos do 5º ano do Ensino Fundamental receberam o certificado de participação na OBA 2011.

Alunos da 5ª série do Ensino Fundamental receberam o certificado de participação na OBA 2011.

Alunos da 8ª A do Ensino Fundamental receberam o certificado de participação na OBA 2011.


Entregamos 170 CERTIFICADOS DE PARTICIPAÇÃO  para os alunos do  CEMA (Colégio Estadual Monte Alverne) que realizaram a prova da  OBA - Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica em 13 de maio de 2011. O aluno WILLIAM LAGASSE  recebeu a medalha de PRATA e o aluno ALEX GLIER a medalha de BRONZE.
Todos os alunos receberam o certificado de participação.
A escola recebeu uma LUNETA e outros materiais didáticos por ter participado da OBA.

"O conhecimento sobre o céu sempre fez parte da curiosidade humana. Satisfazer essa curiosidade foi um estímulo muito grande para desenvolver outras ciências como a Física e a Matemática. Esse estimulo serve de motivação para que muitas crianças encontrem o caminho do estudo das Ciências Naturais, pois são raras as pessoas que não ficam encantadas quando são estimuladas a observar o céu".

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A CONQUISTA DO ESPAÇO

           Muitas razões levam as pessoas a explorarem lugares que estão fora do alcance dos olhos e que mexem profundamente com a sua imaginação. Vontades assim deram origem a uma das maiores aventuras da humanidade: a conquista do espaço. O homem chegou à Lua em 20 de julho de 1969, uma tarefa de incomparável dificuldade e complexidade. Foi necessária a criação da tecnologia para se construir e lançar foguetes tripulados e de preparar emocionalmente os astronautas que viajaram rumo ao desconhecido. Viver no espaço é muito diferente do que viver na Terra. No espaço, nada possui peso e não há ar.
            Decidimos pesquisar sobre este assunto porque temos interesse em conhecer a trajetória de evolução das pesquisas espaciais a nível mundial e a nível brasileiro.
            Temos como objetivo citar as principais missões espaciais realizadas pela humanidade, verificar as ações da Agência Espacial Brasileira (AEB), demonstrar a importância da exploração espacial e entrevistar profissionais ligados à área espacial brasileira.

Projeto: A conquista do espaço
João Miguel Rabuske
William Lagasse
1° Ano B / Ensino Médio
Prof.ª  Orientadora: Marcia Helena Hister Rabuske
Monte Alverne, agosto de 2011

Análise de dados

Após as entrevistas realizadas obtivemos as seguintes respostas:
1.      Em que ritmo está às pesquisas espaciais brasileiras?
Segundo José Bezerra Pessoa Filho, o ritmo das pesquisas espaciais brasileiras está aquém daquilo que se julga necessário para um país com as dimensões e perspectivas do Brasil, mas, aparentemente, dentro da realidade brasileira, na qual há uma quantidade de demandas muito superior àquilo que o Governo consegue responder, quer por limitação de recursos financeiros, quer por limitação de organização e visão de longo prazo. Este ano, em agosto, o Programa Espacial Brasileiro completará meio século, isso mesmo, 50 anos.  Tivemos vários avanços, dentre os quais destaco:
a)      Formação de duas gerações de técnicos especializados;
b)      Instituições reconhecidas no Brasil e no exterior: INPE e IAE;
c)      Obtenção de infraestrutura  laboratorial;
d)      Dois centros de lançamento de foguetes: CLBI e CLA;
e)      Participação da comunidade científica nacional, ainda que limitada;
f)       Cursos de graduação e pós-graduação;
g)      Retorno à sociedade em serviços:  meteorologia, vôos em microgravidade, sensoriamento remoto; e climatologia;
h)     Estratégico em termos da Defesa Nacional (END).
Conforme Petrônio Noronha de Souza, no INPE hoje está nas fases finais de desenvolvimento do satélite CBERS-3, a ser montado na China em 2012 para posterior lançamento naquele mesmo país. Também está sendo desenvolvido um outro satélite de sensoriamento remoto denominado Amazônia-1. Este satélite é baseado em uma plataforma de uso comum, que será utilizado em outros satélites de mesmo porte.
 No DCTA, que pertence ao Comando da Aeronáutica, está sendo desenvolvido do veículo lançador de satélites (VLS), assim com foguetes de sondagem para lançamentos sub-orbitais. Eles também são responsáveis pela manutenção e desenvolvimento do Centro de Lançamentos de Alcântara, que fica no Maranhão.
Segundo o referencial teórico, a AEB liberou muitos recursos nos últimos anos para pesquisas espaciais no Brasil. Além disso, ela está aprovando vários programas e projetos aeroespaciais brasileiros.
                  
2.      No momento, no que estão se concentrando as atividades da Agência Espacial Brasileira (AEB)?
De acordo com José Bezerra Pessoa Filho, a AEB possui alguns programas interessantes que visam à participação da sociedade brasileira.  Um deles é o Programa AEB Escola que objetiva levar às salas de aula das escolas de Ensino Fundamental e Ensino Médio a temática espacial. Há também o Programa Microgravidade, que visa envolver centros de pesquisas e universidades brasileiras no Programa Espacial Brasileiro.  Tal é feito a partir de veículos sub-orbitais (foguetes) desenvolvidos pelo IAE.  O último deles voou em dezembro e levou a bordo um experimento desenvolvido por professores e alunos da Rede Municipal de Ensino de São José dos Campos, onde estão localizados o IAE e o INPE.  Há ainda o Programa Uniespaço que visa à participação e universidades e centros de pesquisas nacionais em atividades de interesse do IAE e INPE.    A AEB ainda coordena um projeto denominado ITASAT.  Trata-se do projeto e desenvolvimento de um satélite universitário desenvolvido por alunos do ITA e outras universidades.
Conforme Petrônio Noronha de Souza a AEB é a organização coordenadora do Programa Espacial Brasileiro, e também é responsável pelos repasses dos recursos para o INPE e IAE. Além disso, há projetos e programas do qual ela cuida diretamente, como é o da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), formada pelo Brasil e Ucrânia para o desenvolvimento de um lançador e uma base de lançamentos no Maranhão. Outros programas coordenados por ela são o Microgravidade, Uniespaço e AEB Escola.
De acordo com nossas pesquisas, a AEB está disponibilizando recursos para pesquisas espaciais, desenvolvimento e construção de foguetes e satélites.

3.      Qual foi o foguete mais potente lançado em Alcântara e qual o seu destino?
Segundo ambos os entrevistados, o foguete mais potente lançado do CLA foi o VLS-1.  Houve um lançamento em 1997 e outro em 1999.  No primeiro lançamento um dos propulsores do primeiro estágio não funcionou e o foguete partiu-se no ar.  No segundo vôo, 1999, os propulsores do primeiro estágio funcionaram devidamente, mas houve explosão do motor do segundo estágio, no momento da sua ignição, ocorrida aos 55 segundos de vôo.  Haveria uma terceira tentativa em 2003, mas houve a ignição intempestiva de um dos propulsores do primeiro estágio e foi tudo pelos ares, incluindo a plataforma. 
As respostas conferem com nosso referencial teórico.

4.      Para o mundo, qual é a importância dos avanços tecnológicos espaciais?
Conforme ambos os entrevistados, com o avanço das tecnologias espaciais, nota-se cada vez mais a sua importância, pois além de comunicação (TV, rádio, Internet, Telefonia, transmissão de dados) os satélites são utilizados nas áreas de Meteorologia, GPS, Sensoriamento Remoto e Espionagem (é possível do espaço fotografar uma bola de futebol). Não é possível imaginar o mundo atual sem os satélites. 
As respostas conferem com nosso referencial teórico.

5.      Há a possibilidade, em curto prazo, de um astronauta brasileiro participar de uma missão espacial?
Ambos entrevistados responderam que não, pois Marcos Pontes é o único astronauta brasileiro, que foi para o espaço em 2006, e não há ninguém em treinamento.
Conforme nosso referencial teórico a Missão Centenário nasceu de um acordo entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) em 18 de outubro de 2005. O principal objetivo deste tratado seria enviar o primeiro brasileiro ao espaço, o tenente coronel aviador Marcos Pontes.

6.      Qual é o principal centro brasileiro de construção e aperfeiçoamento de foguetes e naves espaciais?
            Ambos entrevistados afirmaram que quem faz o desenvolvimento de satélites e suas aplicações, é o INPE. Para foguetes, é o IAE, órgão do DCTA, também localizado em São José dos Campos.
As respostas conferem com nosso referencial teórico.

7.      Como podemos ter certeza de que o homem já pisou em solo lunar?
De acordo com José Bezerra Pessoa Filho, as provas são inúmeras: fotos, filmagens, sensores deixados na Lua que até hoje funcionam, pedaços de rochas lunares, a Física, a Matemática e, finalmente, a História. 
Segundo Petrônio Noronha de Souza o Programa Apollo, desenvolvido pela NASA nos anos 60, envolvem aproximadamente 400.000 homens e mulheres em centenas de organizações espalhadas pelos Estados Unidos. Se o homem não tivesse de fato ido até a Lua, nós teríamos o testemunho de milhares de pessoas denunciado a fraude, e isto nunca aconteceu.

Delineamento da pesquisa

Para a realização deste projeto, pesquisamos em livros, jornais, revistas, enciclopédias e na internet. Além de ter uma hora semanal de pesquisa na biblioteca Monteiro Lobato do Colégio Estadual Monte Alverne, também fomos à Biblioteca Central da UNISC, onde pesquisamos uma tarde para enriquecer o trabalho.
A fim de complementar o conteúdo pesquisado, entrevistamos dois profissionais especializado na área de astronáutica. As entrevistas foram realizadas com José Bezerra Pessoa Filho, que é engenheiro e trabalho no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em São José dos Campos, e Petrônio Noronha de Souza, chefe do Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP). Para eles fizemos os seguintes questionamentos:
  1. Em que ritmo estão as pesquisas espaciais brasileiras?
  2. No momento, no que estão se concentrando as atividades da Agência Espacial Brasileira (AEB)?
  3. Qual foi o foguete mais potente lançado em Alcântara e qual o seu destino?
  4. Para o mundo, qual é a importância dos avanços tecnológicos espaciais?
  5. Há a possibilidade, em curto prazo, de um astronauta brasileiro participar de uma missão espacial?
  6. Qual é o principal centro brasileiro de construção e aperfeiçoamento de foguetes e naves espaciais?
  7. Como podemos ter certeza de que o homem já pisou em solo lunar?

 Projeto: A conquista do espaço
João Miguel Rabuske
William Lagasse
1° Ano B / Ensino Médio/2011
Prof.ª Orientadora:  Marcia Helena Hister Rabuske

A Missão Centenário

Segundo o site http://www.wikipedia.org/ a Missão Centenário nasceu de um acordo entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) em 18 de outubro de 2005. O principal objetivo deste tratado seria enviar o primeiro brasileiro ao espaço, o tenente coronel aviador Marcos Pontes.
O nome da missão é uma referência à comemoração do centenário do primeiro voo tripulado de uma aeronave, o 14 Bis de Santos Dumont, na Paris de 23 de outubro de 1906.
O veículo utilizado para o lançamento da missão foi a nave Soyuz TMA-8, da Roscosmos, e o seu lançamento aconteceu em 30 de março de 2006 (23h30 horário de Brasília) no Centro de Lançamento de Baikonur (Cazaquistão), tendo como destino a Estação Espacial Internacional (ISS).
O Ten. Cel. Marcos Pontes realizou na ISS oito experimentos científicos, para que pudesse ser analisado o comportamento destes em um ambiente de microgravidade. Os experimentos realizados foram:
  1. Efeito da microgravidade na cinética das enzimas (FEI);
  2. Danos e reparos do DNA na microgravidade (UERJ e INPE);
  3. Teste de evaporadores capilares em ambiente de microgravidade (UFSC);
  4. Minitubos de calor (UFSC);
  5. Germinação de sementes em microgravidade (Embrapa);
  6. Nuvens de interação proteica (CenPRA/MCT);
  7. Germinação de sementes de feijão (Secretaria Municipal de Educação de Campos - SP);
  8. Cromatografia da clorofila (Secretaria Municipal de Educação de Campos - SP);
Marcos Pontes realizou 155 órbitas e a duração total de sua missão foi de 9 dias, 21 horas e 17 minutos.

A Importância da Exploração Espacial

De acordo com o site http://www.wikipedia.org/ exploração espacial traz muitos benefícios para a população humana, como um maior conhecimento de nosso planeta, dos planetas vizinhos e até do universo.
[...] Com a aplicação das técnicas de reconhecimento aéreo, muitas regiões da Terra que eram totalmente ou parcialmente desconhecidas passaram a fornecer informações para um posterior mapeamento. O desenvolvimento da astronáutica contribuiu diretamente para o aperfeiçoamento das técnicas cartográficas. [...] (MÁRCIO, David. O Planeta Terra. Belo Horizonte: Bernardo Álvares S.A., 1976.)

O desenvolvimento da astronáutica contribuiu diretamente para o aperfeiçoamento das tecnologias espaciais, muito mais do que todo o período compreendido entre o aparecimento do homem sobre a Terra e os dias atuais.

 O mapeamento do planeta
Segundo MÁRCIO (1976), desde a mais remota antiguidade que o homem vem-se preocupando em conhecer os recursos do planeta onde vive.
Inúmeras tentativas de estudo e mapeamento foram realizados por diversos cientistas. Com a aplicação das técnicas de reconhecimento aéreo, muitas regiões da Terra que eram totalmente ou parcialmente desconhecidas passaram a fornecer informações para um posterior mapeamento.
Com o lançamento dos satélites, as fotos passaram a ser obtidas de longas distâncias. Uma foto tirada por satélite corresponde aproximadamente a uma superfície coberta por 150 a 200 fotos aéreas normais.
O IBGE, por exemplo, usa os dados para atualizar seus mapas em projetos de sistematização do solo, assim como o Incra emprega as imagens nos processos ligados à reforma agrária. As aplicações no setor agrícola e de monitoramento ambiental costumam causar maior impacto econômico e social devido às dimensões continentais do Brasil. Sem uma ferramenta acessível, vigiar um território tão extenso seria quase impossível.

 A verificação meteorológica
Conforme MÁRCIO (1976), todas as atividades desenvolvidas pelo homem desde o extrativismo e a agricultura até a instalação de indústria e a prática dos esportes, dependem diretamente do tempo. As previsões meteorológicas do tempo e do clima ajudam o moderno agricultor, que planejando suas atividades, obtém melhores safra e qualidade dos produtos cultivados. Saber o como vai estar o tempo também influencia no dia-a-dia das pessoas e nos se afazeres diários.

A transmissão de informações e imagens
Entende-se por telecomunicação o conjunto formado pelos meios de comunicação à distância, agrupando todas as transmissões e processos de localização eletrônica.
De acordo com o site http://www.arlenesidorco.sites.uol.com.br/ a maioria dos meios de comunicação utilizam os satélites como meio de propagação de suas ondas. Um exemplo é a televisão. As ondas eletromagnéticas são geradas numa estação chamada geradora, e lançadas para a órbita da terra, onde são recebidas por um satélite. Este, por sua vez, retransmite o sinal para uma segunda estação na terra, chamada receptora, muitas vezes a milhares de quilômetros de distância.
Por meio de sinais eletromagnéticos auxiliados por satélites, também funcionam alguns tipos de telefonia celular, TV´s por assinatura, alguns tipos de radioamador, etc.
Conforme o site http://www.wikipedia.org/ outro exemplo da utilização dos satélites, é a Internet via satélite, sendo um método de acesso à Internet que, na teoria, pode ser oferecido em qualquer parte do planeta. Possibilita altas taxas de transferências de dados, sendo sua comunicação feita do cliente, para o satélite e deste para o servidor (ou podendo passar o sinal por outros satélites interligados). Como a maioria dos serviços de banda larga, a transmissão por satélite se faz de modo bidirecional (recebimento e envio de dados).

A astronáutica brasileira

O Centro de Lançamento de Alcântara
De acordo com a Revista Globo Ciência (1998), o CLA ocupa uma área de 620 km², bem superior aos 18 km² da antiga Barreira do Inferno, que funciona desde 1965, em Natal (RN) e, por questões técnicas, não poderia abrigar nossos lançadores. O principal destaque do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) é a localização: apenas 2º da linha do Equador. Quando um lançador parte de lá ele aproveita a velocidade tangencial da Terra e, portanto, precisa de menos força para atingir as chamadas orbitas equatoriais, ou seja, as orbitas que circundam o globo sobre o Equador. Isso se traduz em economia, porque o foguete gasta menos combustível, e com isso pode até levar satélites maiores e mais pesados. Por estas vantagens, o CLA é hoje o melhor lugar do mundo para lançamento de foguetes ao espaço.
Segundo http://www.cla.aer.mil.br/ dentre outros atributos importantes, pode-se destacar:
Condições favoráveis de segurança para lançamentos no quadrante norte - leste, que abrange trajetórias rumo a órbitas polares, inclinadas e equatoriais. Isso porque, nos momentos mais críticos que compreendem as fases iniciais da trajetória, o veículo evolui sobre o mar, minimizando o uso de manobras para desviar de áreas habitadas.
Condições climáticas favoráveis, com regime de chuvas bem definido e ventos toleráveis, permitindo amplo aproveitamento do calendário anual, com registros de pequenas variações de temperatura.
Estabilidade geológica.
Baixa densidade demográfica da região, o que permite a implantação de diversos sítios de lançamento e, também, de áreas para infra-estrutura de apoio logístico.
Facilidades de suporte logístico, dada a relativa proximidade de uma cidade do porte de São Luís, à qual se pode acessar por via aérea, marítima ou terrestre, em condições de maior rapidez ou disponibilidade que em outros centros de grande porte.
Eqüidistância de importantes centros de operações espaciais (CLBI - Natal - BR/ Kourou - Guiana - CSG).
O Centro de Lançamento de Alcântara - CLA está localizado na península que tem por nome Alcântara. Separada do continente, no lado noroeste, pela baía de Cumã, e da ilha de São Luís, do lado sudeste, pela baía de São Marcos. Trata-se de uma região isolada, de baixa densidade populacional e de restrito crescimento urbano.
Situado nas vizinhanças da sede do município de Alcântara, o CLA ocupa uma área considerada de segurança, selecionada após cuidadosa análise e projetado dentro de padrões internacionalmente reconhecidos.
O programa de atividades do Centro de Lançamento de Alcântara - CLA, conforme proposto pelo Programa Nacional de Atividades Espaciais - PNAE , contempla perspectivas promissoras, contribuindo de forma efetiva para o desenvolvimento sustentado de tecnologia espacial própria, como fator primordial para o progresso social e científico no país.
É a convergência dos projetos nacionais no campo espacial, abrigando em suas instalações as atividades de diferentes entidades brasileiras e estrangeiras, com o propósito de se produzir competência técnica, necessária à requerida autonomia de nossos centros de pesquisa e de nossas indústrias aeroespaciais.
Atualmente, o CLA representa mais uma contribuição concreta da participação brasileira, com os demais segmentos espaciais, no seleto mercado internacional de serviços de lançamento, rastreio de veículos espaciais e de coleta e processamento de dados de cargas úteis, que se manifesta em crescente e contínua expansão.
Como benefício adicional, a oferta de bens e serviços deverá deslocar para a região, onde o CLA está instalado, um pólo de estudos e de alta tecnologia, com conseqüente aceleração da atividade econômica, em projeção abrangente e de longo prazo.
Benefícios diretos advindos da operacionalidade do CLA:
v  Para a Aeronáutica:
• Maior aproveitamento da capacidade da infra-estrutura instalada e disponível.
• Capacitação e treinamento de técnicos e engenheiros, mantendo o status operacional das equipes.
• Auto-sustentação do complexo instalado, possibilitando a sua expansão, pela captação de recursos provenientes da prestação de serviços.
• Geração de conhecimento essencial de novas tecnologias espaciais sensíveis.

v  Para a região:
• Fomentar a criação de pólo tecnológico e de instituições afins, com o surgimento de várias iniciativas.
• Desenvolvimento de um pólo industrial para dar suporte às atividades espaciais e consequente redução de custos de produção.
• Incremento à atividade e aos benefícios sociais auferidos pela criação de novas oportunidades de trabalho e melhor qualificação de mão-de-obra.
• Aumento do valor agregado e do poder aquisitivo dos produtos nacionais, resultantes do conhecimento gerado.
v  Para o Brasil:
• Redução e eliminação progressiva de dispêndio no exterior de elevados recursos financeiros empregados para os lançamentos nacionais.
• Captação de recursos decorrentes da oferta de bens e serviços espaciais brasileiros.
• Oferecer condições para a capacitação e pesquisa de aplicações aeroespaciais das instituições de ensino superior e da indústria nacional.

 O Veículo Lançador de Satélite (VLS-1 V1)
De acordo com a Revista Globo Ciência (1998), as 9h 25min da manhã de 2 de novembro de 1997 foi lançado o gigantesco foguete, de 19 metros, do Centro de Lançamento de Alcântara. O VLS-1, o primeiro Veículo Lançador de Satélites brasileiro, que carregava o satélite SCD-2A, um genuíno produto nacional. No lançamento um dos quatro motores do primeiro estágio, encarregados do impulso inicial, não estava funcionando. E aos 65s de vôo o comando da missão VLS-1 explodiu-o no ar, quando ele estava a 3.230m de altitude. Pois se deixassem que ele continuasse, colocaria em risco as populações de áreas próximas, sendo que ele estava desestabilizado pela falha do motor, e havia se inclinado 25° de sua trajetória.
Ao se autodestruir em novembro, o VLS-1 explodiu também o satélite SCD-2A, que iria coletar dados sobre a Amazônia e o Nordeste do país.

O Veículo Lançador de Satélite (VLS-1 V2)
Em 11 dezembro de 1999, a operação Almenara foi realizado o segundo vôo de qualificação, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), levando a bordo do VLS-1 V02 um satélite científico desenvolvido pelo INPE, o SACI 2. Novamente, uma falha também no sistema pirotécnico, porém no 2º estágio, ocasionou a explosão deste, havendo a necessidade de autodestruição por telecomando.

 O Veículo Laçador de Satélite (VLS-1 V3)
No dia 22 de Agosto de 2003, o VLS-1 V03 da operação denominada de São Luís, sofreu uma ignição prematura provocando o acidente por volta das 13h30 na base de Alcântara, no Maranhão, três dias antes do seu lançamento, matando 21 técnicos que estavam na plataforma de lançamento.

 Agência Espacial Brasileira (AEB)
Conforme http://www.aeb.gov.br/ a Agência Espacial Brasileira (AEB), criada em 10 de fevereiro de 1994, é responsável por formular e coordenar a política espacial brasileira. Autarquia federal vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a AEB tem dado continuidade aos esforços empreendidos pelo governo brasileiro, desde 1961, para promover a autonomia do setor espacial.
Todas os recursos repassados pela AEB estão voltadas para pesquisas espaciais, desenvolvimento e lançamento de satélites e foguetes. Tais atividades precisam, também, de laboratórios especializados de fabricação, testes e integração, centros de rastreio e controle, estações de recepção, tratamento e disseminação dos dados fornecidos pelos satélites.
Sob a administração geral da AEB, o Programa Espacial Brasileiro conta com a participação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) (local onde são desenvolvidos os satélites) e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Este último é responsável pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) (onde são construídos os foguetes), pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e pelo Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI). Essas instituições dão suporte a todas as atividades que se desenvolvem em torno da área espacial.
 A AEB liberou muitos recursos nos últimos anos para pesquisas espaciais no Brasil. Além disso, ela está aprovando vários programas e projetos aeroespaciais brasileiros.
De acordo com o site http://www.wikipedia.org/ a Agência Espacial Brasileira tem por finalidade promover o desenvolvimento das atividades espaciais brasileiras de forma descentralizada.
Para nortear estas ações e definir diretrizes, a AEB atua na coordenação central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE) e tem a responsabilidade de formular a Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE) e de formular e implementar o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), cujas atividades são executadas por outras instituições governamentais que compõem o sistema.
Atualmente a AEB está sob controle civil, anteriormente estava sob controle militar.

Corrida espacial

           Segundo o site http://www.infoescola.com/ corrida espacial é um longo período que dura até hoje, onde ocorreram diversos acontecimentos ligados a área da astronáutica, que, de um certo modo, influenciaram o cotidiano da vida humana.
            Até a década de 50
Conforme o site http://www.infoescola.com/ em 1945, a Segunda Guerra Mundial terminou, dando início a chamada Guerra Fria. Esse novo conflito tinha como protagonistas os Estados Unido da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), sendo que essas duas superpotências da época apresentavam sistemas político-ideológicos distintos e visavam ampliar suas áreas de influência.
Durante mais de quatro décadas (1945 a 1991), esses dois países travaram uma batalha pela busca da hegemonia mundial. Eles destinaram dinheiro para algumas nações se reestruturarem, forneceram armas durante conflitos separatistas, intervieram na política externa, etc. Para expandir suas áreas de influência, no entanto, era preciso demonstrar superioridade em vários setores, fato que proporcionou acontecimentos históricos.
Estados Unidos e União Soviética realizaram altos investimentos em tecnologia, destinados principalmente para a indústria bélica. Esse fato ficou caracterizado como a corrida armamentista. O mundo, dividido em dois blocos – capitalista ou socialista –, temia um possível confronto entre esses dois países, pois era (e ainda é) grande a quantidade de armas nucleares dessas nações.
Além dos gastos destinados a armamentos, EUA e URSS também investiram pesado em pesquisas relacionadas ao conhecimento do espaço sideral, com destaque para a exploração do nosso satélite natural, a Lua. Nesse momento, teve início a corrida espacial, na qual o país que atingisse os melhores resultados poderia determinar a supremacia sobre o outro.
Em 1957, a União Soviética saiu em vantagem pela conquista do espaço. Em outubro daquele ano, o país lançou ao espaço o primeiro satélite artificial, denominado Sputnik. No entanto, a URSS não se conteve e, em novembro do mesmo ano, enviou o primeiro ser vivo ao espaço, a cadela Laika, a bordo do Sputnik 2.

            Década de 60
Segundo o site http://www.wikipedia.org/ outro grande salto soviético na corrida espacial foi dado em abril de 1961. Nessa ocasião, foi realizado o primeiro voo tripulado por um humano. A bordo da nave Vostok, o astronauta Yuri Gagarin teve o privilégio de orbitar a Terra e entrar para a história como o primeiro humano a conquistar tal feito e pela sua célebre frase “A Terra é azul”.
Em junho de 1963, a União Soviética colocou duas espaçonaves simultaneamente no espaço, sendo que a primeira foi conduzida por Valery Bykovsky, que bateu o recorde de resistência no espaço, quando completou uma missão de cinco dias. Valentina voou na nave Vostok 6, lançada de Baikonur em 16 de junho, tornando-se a primeira mulher no espaço. Ela completou 48 órbitas ao redor da Terra, no total de 71 horas, quase três dias, apesar das náuseas e do desconforto psicológico que sentiu. Depois de chegarem a permanecer em órbita a uma distância de 5 km uma da outra, com os cosmonautas trocando impressões e saudações por rádio, ambas as naves aterrissaram no dia 19 de junho. Valentina teve problemas em sua descida. Quando ejetada da Vostok VI, esteve próxima de cair dentro de um lago.
A missão soviética Voskhod II, lançada em 18 de março de 1965, foi responsável pela primeira atividade extra-veicular de um astronauta no espaço. A missão foi lançada da base do cosmódromo de Baikonur, na antiga URSS, e pilotada pelos cosmonautas Pavel Belyayev (comandante) e Alexel Leonov (piloto).
A sonda Mariner 5, dos EUA foi lançada em direção Vênus em 14 de junho de 1967 e chegou ao planeta em 19 de outubro desse ano.
Em 20 de julho de 1969, os astronautas estadunidenses Edwin Aldrin Jr., Neil Armstrong e Michael Collins, tripulantes da nave espacial Apollo XI, atingiram o solo lunar. Essa conquista foi transmitia pela televisão, ficando marcada pela seguinte frase de Neil Armstrong: “Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade”. Sendo assim, Armstrong se tornou o primeiro homem a colocar os pés em solo lunar.

            Década de 70
Em 2 de dezembro de 1971, a missão soviética Mars 3 fez o primeiro pouso em Marte. O Pioneer 10 foi uma sonda interplanetária norte-americana, desenvolvida a partir do Programa Pioneer, sendo a 1ª missão à deixar o sistema solar, em 1972.
Apollo-Soyuz (também Apollo 18 ou Soyuz 19) foi uma missão conjunta do Projeto Apollo e do programa espacial soviético que efetuou uma acoplagem em órbita da Terra da nave estadunidense Apollo 18 com a nave soviética Soyuz 19, em julho de 1975. Foi a primeira missão multinacional tripulada, resultante de uma união da URSS com os EUA.
O propósito principal desta missão era simbólico, integrante da política diplomática da época, que visava a melhorar as relações entre as duas superpotências, o que começava a acontecer naquele período da Guerra Fria, e colocar um fim nas tensões da corrida espacial.

            A partir da década de 80
            O primeiro ônibus espacial lançado foi o Columbia dos EUA, em 12 de abril de 1981. No dia 1 de Fevereiro de 2003, durante o regresso da sua 28ª missão, o Columbia desapareceu dos radares quando sobrevoava, a grande altitude, o estado estadunidense do Texas. Um pedaço de espuma que se soltara durante a decolagem danificou a proteção de cerâmica da asa esquerda, provocando uma pequena fissura. Este problema não foi detectado nem durante a decolagem, nem durante a missão. Quando da re-entrada na atmosfera, o calor causado pela fricção com a atmosfera aumentou o tamanho da fissura, acabando por destruir a asa e consequentemente toda a nave, causando a morte dos sete tripulantes.
No ano de 1989 foi inaugurada a base de lançamentos de foguetes da Força Aérea Brasileira, denominada de Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizada no município de Alcântara, a 408 km de São Luís, capital do estado de Maranhão.
A Agência Espacial Brasileira (AEB) foi criada em 10 de fevereiro de 1994 no Brasil. Em 2 de dezembro de 1997, aconteceu a primeira tentativa de lançamento do Veículo Lançados de Satélite Brasileiro (VLS-1 V1), que não obteve sucesso, sendo destruído no lançamento.
A segunda tentativa de lançamento do Veículo Lançados de Satélite Brasileiro (VLS-1 V2), ocorreu no dia 11 de dezembro de 1999, novamente sem sucesso, sendo também destruído no lançamento.
No dia 22 de agosto de 2003, aconteceu a terceira tentativa de lançamento do Veículo Lançados de Satélite Brasileiro (VLS-1 V3), também sem sucesso, porém desta vez houve um problema, e ele foi destruído na base de lançamento, tendo vítimas fatais. 
Até o fim do ano de 2011, a Nasa pretende aposentar todos os ônibus espaciais. Assim, está marcada para 2012, uma nova tentativa para o lançamento do Veículo Lançador de Satélites Brasileiro (VLS-1 V4).